terça-feira, 30 de março de 2010

POLÍTICA DE BÔNUS DO PSDB

Política de bônus para professores divide pesquisadores

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A política do governo de São Paulo de conceder reajuste salarial apenas aos professores bem avaliados divide os pesquisadores da área.

Uma ala diz que a lógica beneficia apenas os que já possuem boas condições de trabalho. Outra defende que os educadores serão forçados a melhorar.

Em greve há três semanas, os docentes estaduais não ganham aumento desde 2008. E nos últimos cinco anos os reajustes ficaram abaixo da inflação.

A Secretaria da Educação diz que os gastos com a folha salarial já são muito altos (cerca de 70% de todo o orçamento da pasta) e que prefere conceder dinheiro extra aos servidores de escolas que melhorem os indicadores de qualidade ou que passem em exames.

Desde 2005 (quando receberam aumento de 15%) os professores das escolas estaduais paulistas ganharam apenas um reajuste, de 5%, em 2008. A inflação nos últimos cinco anos foi de 22% (IPCA-IBGE).
Hoje, os salários dos professores variam de R$ 1.834 a R$ 3.181 (para 40 horas semanais).

Para os sindicatos, os salários estão "sucateados". O movimento reivindica aumento de 34,3%, índice que recuperaria as perdas desde 1998.

O governo José Serra (PSDB) afirma que a situação não é ruim como dizem os sindicalistas, pois houve incorporações de gratificações (que beneficiam sobretudo os aposentados) e implementação do bônus por desempenho, pago em uma parcela a servidores de 73% das escolas (a maioria ganhou de R$ 2.500 a R$ 5.000).

Foram beneficiados os colégios que melhoraram em um ano o desempenho no indicador de qualidade ou ficaram acima da média da rede.

O governo também adotou programa que eleva o teto a R$ 6.270, desde que o servidor, ao final da carreira, tenha sido aprovado em quatro exames.

"Não suportaríamos o aumento pedido pelos sindicatos. Por isso estamos com política de bônus, de promoções", afirmou o secretário-adjunto da Educação, Guilherme Bueno.

A pasta diz que, se concedido o reajuste, faltariam recursos para ações como manutenção de escolas ou compra de materiais (a folha salarial passaria a 86% do orçamento da pasta).

A secretaria afirma ainda que os recursos destinados a pagamento dos servidores cresceu 33% desde 2005, devido a incorporações de gratificação, contratações e pagamento de benefícios como quinquênios.

A resolução da greve está em um impasse. O governo afirma que não negocia com a categoria enquanto houver paralisação. Os sindicatos dizem que não acabam o protesto enquanto não houver reajuste.

Amanhã haverá assembleia da categoria na avenida Paulista, juntamente com um protesto contra Serra --que deixa o governo para concorrer à Presidência.

DIVULGAÇÃO DO GABARITO DO CONCURSO DE PEB II DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Entrem lá e confiram!! Boa Sorte!

http:www.concursosfcc.com.br

domingo, 28 de março de 2010

GREVE CONTINUA - BOTA-FORA DO SERRA

No dia 31/03/2010 às 12h na Praça do Patriarca, estará acontecendo um bota-fora para o governador José Serra. Haverá uma organização por "Alas". Alas do Sem Escola (azul); Alas dos Excluídos(verde); Ala dos Baixos salários(vermelho); Ala Procuram-se os dois professores por sala de aula(amarelo);Ala Procuram-se o Bônus de 15 mil reais(branco).Consulte no FAX nº36 da APEOESP quais diretorias estarão com as respectivas cores.
ASSEMBLEIA ESTADUAL - também no dia 31/03/2010 - 15h - Vão livre do MASP.

quinta-feira, 25 de março de 2010

PAULO GHIRALDELLI, ESSE SIM TEM COMPETÊNCIA PARA FALAR DE EDUCAÇÃO...

Caro Gilberto Dimenstein

A verdade não está do seu lado desta vez. Essa conversa de dizer que porque cidadãos são filiados a partidos eles estão desqualificados é estranha. O fato de alguém pertencer a um sindicato e também a um partido tira a razão dessa pessoa? Ora, então você é o primeiro a não ter razão, todos sabemos que você é simpatizante velho do PSDB, você mesmo confessou isso no passado (aliás, em um dia em que se dizia arrependido disso). Sua militância pelo Serra é clara, inequívoca. Desse modo, se a APEOESP não pode mais abrir a boca porque seus filiados exercem a cidadania completa, filiando-se a partidos, você não pode mais ser jornalista, uma vez que é serrista. Você topa largar o emprego para voltar a ter razão?
Como vê, caro Gilberto, sua lógica social é esquisita.
Vamos deixar de lado isso. Vamos agora ao seu erro de avaliação sobre a greve. Você já percebeu que cometeu erro grave, não é? Então, agora eu vou lembrar a você da verdade que você não quer ver: 1) a aula do professor está a 7 reais - sabe o que é 7 reais?; 2) os professores não rejeitam a avaliação, o que eles rejeitam é que uma avaliação que pega, para aumento salarial, só 20% dos aprovados, escolhidos não pela avaliação, mas por sorteio.
Será que uma vez na vida você vai realmente ouvir um leitor e dar o braço a torcer de que está errado em todos os sentidos a respeito do que fala dos professores e da greve? Ou você vai continuar teimoso?
Bom, antes de responder, largue o emprego, certo? Pois caso não, pela sua lógica, não terá razão.
Paulo Ghiraldelli Jr.

LEIAM COM ATENÇÃO A PÉROLA ESCRITA PELO GILBERTO DIMENSTEIN - ATÉ JORNALISTA QUER OPINAR NA EDUCAÇÃO!!

25/03/2010
Vocês desrespeitam os professores

Tenho recebido centenas de e-mails me acusando de desrespeitar os professores. Isso porque ousei escrever que as reivindicações do sindicato para acabar com as provas de mérito e com as medidas que inibiram as faltas são contra os alunos --ou seja, contra os pobres.

Nem discuti aqui os pedidos de aumento salarial nem entrei no debate se a greve seria ou não política. Só defendi a ideia óbvia de quanto mais preparado o professor - e isso exige exames de mérito - melhor para os pobres.

Quem lê minhas colunas com atenção sabe que, há muito tempo, defendo que o professor é a profissão mais importante de uma sociedade. E deve ter uma atenção especial --por isso, critico os governantes pela falta de prioridade com a educação. O professor vive estresse permanente, ganha mal, é vítima de violência cotidiana. Tem todas as razões para protestar e ser ouvido.

Desrespeito é passar para a sociedade a imagem de que professor quer ter direito de faltar às aulas (coisa que o aluno não pode) e não deve se submeter a provas para medir seu conhecimento. Como se viu, as provas mostraram que muita gente simplesmente não poderia estar dando aula.
*
Como qualquer pessoa sensata, suspeito que amanhã possa ocorrer mais um desrespeito. Até que ponto o sindicato dos professores não está chamando uma manifestação para amanhã, na frente do Palácio dos Bandeirantes, à espera de um conflito e uma foto na imprensa? Nada contra a manifestação em si. Mas a suspeita é inevitável.

Os dirigentes do sindicato são filiados ao PT, interessado em desgastar a imagem de José Serra, que está deixando o governo estadual para se candidatar à Presidência. Também sabemos que na cúpula do sindicato existem os setores mais radicais da esquerda como PSOL e PSTU.

Como se sabe, ali é área de segurança e se alguém passar da linha a polícia é obrigada, por lei, a intervir.

Seria mais um desrespeito à imagem do professor se fosse apresentado à sociedade como gente que não obedece a lei.


Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.

quarta-feira, 24 de março de 2010

AUDIÊNCIA COM O GOVERNADOR/PROTOCOLO - 23/03/2010

Entidades do magistério protocolam nova solicitação de audiência na Secretaria da Educação
Os presidentes das entidades do magistério (APEOESP, APASE, APAMPESP, CPP e UDEMO) estiveram na manhã de hoje, 23 de março, na Secretaria da Educação para protocolar novo pedido de audiência para negociação em torno das reivindicações que motivaram a greve da categoria.

Foram recebidos pelo Chefe de Gabinete, Fernando Padula, que protocolou o documento e ouviu as solicitações das entidades, reiteradas pelos seus presidentes.

As entidades rebateram as afirmações do secretário da Educação de que não havia sido procurado para negociar. Lembraram ao chefe de gabinete as diversas ocasiões nas quais conjunta e individualmente as entidades solicitaram a negociação, antes e durante a greve. Em 2010 foram protocolados pelo menos três ofícios: 19/01, 16/03,23/03.

Durante a reunião a APEOESP e demais entidades do magistério reafirmaram seu desacordo quanto às avaliações excludentes (leis 1093 e 1097 de 2009), quanto à política de gratificação e bônus, a discriminação aos aposentados e à forma como a governo vem tratando a nossa greve.

Finalmente, solicitaram o agendamento de negociação ainda no dia de hoje, 23/03. O chefe de gabinete comprometeu-se a levar a solicitação ao secretário da Educação.

Somente mantendo nossa greve forte em todo o estado conseguiremos a abertura das negociações.

domingo, 21 de março de 2010

Rô Simões: "Educação e Superação": QUE IMPORTÂNCIA TEVE O (A) PROFESSOR(A) PARA VOCÊ?

Rô Simões: "Educação e Superação": QUE IMPORTÂNCIA TEVE O (A) PROFESSOR(A) PARA VOCÊ?

QUE IMPORTÂNCIA TEVE O (A) PROFESSOR(A) PARA VOCÊ?

"Não é tarefa difícil escrever sobre a importância que os professores tiveram em minha vida. Na verdade tenho que falar na importância que ainda têm, pois continuo como aluna num Programa de Mestrado em Educação. Além de nos encantar totalmente com o conhecimento que possuem, são eles que nos estimulam a construção do mesmo. Além de nos apavorar com o muito que há para aprender, professores nos fazem pensar e desejar aprender mais. Ao exercitar o pensamento, fazemos uma reeleitura do mundo e quando desejamos, nos tornamos mais humanos e mais sensiveis com as energias que nos auxiliam a continuar lutando. É muito simples perceber a grandeza de um professor quando o analisamos frente a todas essas adversidades pelas quais eles têm passado nas ultimas décadas em vários estados brasileiros, sobretudo, São Paulo, cujo as políticas públicas para educação, são pautadas no fortalecimento do neoliberalismo como principal alicerce do mercantilismo da educação".

quarta-feira, 17 de março de 2010

GRUPO DE ESTUDO PARA O PROVIMENTO DE CARGOS DE PROFESSORES DO ESTADO DE SÃO PAULO

Grupo de Estudos Concurso 2010


Complemento do calendário grupo de estudos específico - Oposição Alternativa

Geografia


Local: EE Fadlo Haidar


28 de Fevereiro – Domingo – Perfil e Proposta Pedagógica – das 9 às 12 horas – Prof. Paulo Neves

07 de Março - Domingo - Autores que abordam o tema - Cartografia - das 9 às 12 horas - Prof. Romildo

13 de Março - Sábado - Milton Santos e Azis Ab Saber - das 14 às 17 horas - Prof. Mara

História


Local: EE Fadlo Haidar


28 de Fevereiro – Domingo – Perfil e Proposta Pedagógica – das 9 às 13 horas – Prof. Luiz Freitas

13 de março –Sábado - Livro a definir das 9 às 12 – Prof. Ezio

14 de março - Domingo - Concepções Historiográficas e March Bloch- das 9 as 12 – Prof. Antonio Carlos

20 de Março – Sábado - Marina de Melo e Souza e Leila Leite Hernandez das 9 às 12 horas Prof. Linus

20 de Março - Sábado - Leandro Karnal - das 14 às 17 horas - Prof. Rosangela Simões

21 de Março – Domingo - Boris Fausto – das 9 às 12:30 -0 Prof. Roberto

21 de Março – Domingo - Circe Bittencourt 2 livros - das 14 às 17 – Prof. Rui Alencar


Português


Local: EE Fadlo Haidar


28 de Fevereiro – Domingo – Perfil e Proposta Pedagógica – das 9 às 12 horas – Prof. Rosemeire Rodrigues

07 de Março – Domingo - Alfredo Bosi, Antonio Candido e Bakhtin – das 9 às 14 horas – Prof. Francisco

13 de Março - Sábado – Massaud Moysés e Colomer – das 10 às 15 horas – Prof. Andréa

20 de Março – Sábado – Eagleton – das 14 às 17 horas – Prof. Rosemeire Rodrigues

21 de Março – Domingo – Marchuschi e Kleiman – das 14 às 17 Horas – Prof. Soraia Garcia

Química


Local: EE Franscisco de Assis Pires Correia

Rua Silvianópolis, 20 - Cohab José Bonifácio


13 de Março – Sábado – Química Para o Magistério e Minerios, Metais e Quimica Ambiental – das 9 às 12 hroas – Prof. Samira

13 de Março – Sábado – Ciclo do Nitrogenio e Ciclo da Água – das 12 às 14 horas – Prof. Sthefania e Bárbara

OBSERVAÇÃO: AS ATIVIDADES DE TODAS AS DISCIPLINAS NO DIA 13 DE MARÇO SERÃO NA EE FRANCISCO DE ASSIS PIRES CORREA ( CHIQUINHO)

terça-feira, 16 de março de 2010

ESTAMOS EM GREVE - ASSEMBLÉIA DOS PROFESSORES NA AV. PAULISTA - 19/03/2010 AS 15H

MOVIMENTO GREVISTA DOS PROFESSORES É LEGAL


O STF julgou que a greve no serviço
público é legal (MI 712-PA), devendo
ser exercida nos termos da Lei
de Greve utilizada para os trabalhadores da iniciativa privada (LEI - 7783/89), com pequenas alterações.
Participar do movimento grevista é um exercício
regular de direito.
As observações feitas valem também
para os professores que estão no
estágio probatório. Sobre esse assunto
o STF já se manifestou e disse o
seguinte quando do julgamento do Recurso
Extraordinário 226.966-3 – Rio
Grande do Sul, julgado em 11/11/
2008, cujo relator foi o Ministro
Menezes Direito, substituído pela Ministra
Carmem Lúcia:
Subsedes devem enviar
dados de paralisação
Estas orientações são válidas
também para vice-diretores
e professores coordenadores
pedagógicos.
Reforçamos solicitação para que as
subsedes informem o índice de paralisação
em suas regiões. Em planilha
disponibilizada no site do Sindicato ,
os conselheiros, através da senha da
subsede, deverão informar o número
de professores que aderiram à greve.
O link pode ser acessado diretamente
no endereço: http://www.apeoesp
cadastro.org.br/soc_login.htm
Estes dados são de suma importância
para o embate com o governo estadual.
res da iniciativa privada (Lei 7783/89),
com pequenas alterações.
Por força da decisão do STF, a
APEOESP comunicou ao Governo do
Estado formalmente sobre o início da
greve, com 72 horas de antecedência;
portanto, não há possibilidade legal de
demissão de qualquer professor, pelo
simples fato de ele ter aderido ao
movimento grevista, inclusive o da
“Categoria O”.
O servidor público, os professores inclusive,
só pode ser demitido por excesso
de faltas se passar por processo administrativo
que lhe garanta o direito à ampla
defesa e ao contraditório. O ilícito administrativo
do “abandono de cargo” só
ocorre quando as faltas cometidas, além
do limite legalmente permitido, ocorrerem
quando não há justificativa para elas,
quando o servidor demonstra que faltou
mesmo por desídia, por ausência de vontade
de ir ao trabalho. Obviamente que
esse não é o caso da greve, porque par

Professores da rede pública de ensino de SP decidem manter a greve
Fonte: Apeoesp



Cerca de 40 mil professores reunidos em assembléia na sexta-feira, 12, decidiram dar continuidade à greve deflagrada no dia 5 de março. Os professores tomaram todo o vão livre do MASP e as duas pistas da avenida Paulista, desmoralizando a versão propagada pelo governo Serra e setores da mídia de que a greve teria atingido apenas 1% dos professores.
Informes das subsedes durante a realização da reunião do Conselho Estadual de Representantes garantiram que 80% dos professores de todo o Estado paralisaram suas atividades.
Logo após a assembléia, os grevistas dirigiram-se, em passeata, até a Praça da República. Os professores aprovaram, ainda, a realização de uma nova assembléia para a próxima sexta-feira, dia 19, a partir das 14 horas, novamente no vão livre do MASP (avenida Paulista). O calendário aprovado prevê a realização, na próxima quarta-feira, 17, de “pedágios” nas principais avenidas das cidades – ou atos em praças públicas, panfletagem com carro de som etc, a critério de cada subsede. A reunião do CER aprovou, e a assembléia referendou, a sugestão da frase para as faixas a serem levadas aos pedágios: “Serra mente para o povo/A Educação pede socorro!”

Principais eixos do movimento:

- Reajuste salarial imediato de 34,3%;
- incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados;
- por um plano de carreira justo; pela garantia de emprego; - contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito);
- pela revogação das leis 1093,1041,1097;
- concurso público de caráter classificatório;
- contra as reformas do Ensino Médio;
- contra a municipalização do ensino;
- pela luta contra o PLC 1614 (avaliação nacional dos professores)

terça-feira, 9 de março de 2010

GREVE DOS PROFESSORES DO ESTADO DE SAO PAULO

FAX URGENTE - APEOESP
PELA DIGNIDADE DO MAGISTÉRIO E PELA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO


Professores aprovam greve por tempo indeterminado

Reunidos em assembleia na Praça da República na sexta-feira, 5, mais de 10 mil professores aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, 8.

As principais reivindicações da categoria são: reajuste salarial imediato de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira justo; garantia de emprego; contra as avaliações excludentes (provão dos ACTs/avaliação de mérito); revogação das leis 1093, 1097, 1041 (lei das faltas); concurso público de caráter classificatório; contra a municipalização do ensino, contra qualquer reforma que prejudique a educação, em todos os níveis. Da assembleia também participaram representantes dos diretores de escola e supervisores de ensino, que decidiram, em suas instâncias, entrar em greve em conjunto com os professores.

O Magistério paulista, com esta decisão, deu um BASTA aos desmandos do governo
Serra.
Os professores aprovaram ainda o calendário de mobilizações (leia quadro), com a realização de uma nova assembleia na sexta-feira, 12, no vão livre do Masp, na avenida Paulista. As subsedes devem realizar, na quinta, 11, assembleias regionais.

Governo afronta categoria Praticamente às vésperas da assembleia, o governo do Estado anunciou, com estardalhaço, a incorporação da Gratificação por Atividade de Magistério (GAM) em três parcelas, a serem pagas em 2010, 2011 e 2012. A proposta é uma afronta e um desrespeito.

Para se ter uma ideia, , até 2012 o salário-base do PEB II em jornada de 24 horas, terá um acréscimo salarial de apenas R$ 6,47. Não queremos esmolas!

Queremos reajuste salarial e a real valorização do Magistério. Sem contar que inúmeros professores aposentados já ganharam na Justiça, em ação movida pela APEOESP, o direito de incorporação total da GAM.

Este governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Onde estão as escolas com dois professores? Onde estão os laboratórios de
informática abertos nos finais de semana com monitores? Temos de dar uma resposta à altura, chamando os pais dos alunos para conhecer nossas escolas, para que possam comparar com a “escola de mentirinha” que Serra mostra na televisão.

Matéria paga

As entidades do Magistério veicularão matéria paga na Rede Bandeirantes, no intervalo do “Brasil Urgente” – entre 17h30 e 18h50 – na próxima quarta-feira, 10. Em anexo, segue carta à comunidade escolar – pais e alunos – explicando o porquê de nossa greve.

A carta deve ser reproduzida pelas subsedes. É importante também que as subsedes circulem com carros de som, denunciando os desmandos do governo e explicando as razões da greve da categoria.

Calendário de mobilização

Dia 8 de março: conversa com a comunidade escolar
Dias 9 e 10: visita às escolas
Dia 11: assembleias regionais
Dia 12: assembléia estadual no vão livre doMasp, na avenida Paulista, às 15 horas

sábado, 6 de março de 2010


Um dicionário para o feminismo

Por Elisa Marconi e Francisco Bicudo

“Os movimentos de mulheres continuam acontecendo. As mulheres permanecem buscando mais qualidade de vida, igualdade entre os gêneros, acesso aos direitos mais fundamentais, o fim da violência e muito mais”. É com essas premissas que a socióloga Helena Hirata justifica a atualidade e a pertinência do livro que organizou, em parceria com três pesquisadoras francesas. O Dicionário crítico do feminismo, lançado em dezembro último pela Editora Unesp (341 pags. e R$ 55,00), apresenta 50 verbetes ligados ao tema, como aborto, emancipação, violência doméstica, direitos das mulheres, religião e feminismo – todos desenvolvidos e escritos por alguns dos maiores especialistas (como filósofos, sociólogos e educadores) em questões de gênero na França. “Além de oferecer uma conceituação profunda, apesar de concisa, cada rubrica oferece ainda reflexões e discussões relevantes para cada área. Assim, o leitor conhece não só o assunto, mas o pensamento mais aprofundado que é formulado a respeito dele”, explica Helena, que é brasileira, mas mora na França há 40 anos, trabalhando como pesquisadora no Centro Nacional de Pesquisa Científica daquele país, o CNRS, na sigla em francês.

Desde o final do ano passado, a autora está no Brasil como professora convidada do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), ministrando um curso na pós-graduação e divulgando o dicionário por várias cidades do Brasil. Helena lembra que, inspiradas por obras similares, como o Dicionário crítico de trabalho e tecnologia, de Antonio Cattani (Editora UFRGS), ela e as outras autoras – Françoise Laborie, Hélène Le Doaré e Danièle Senotier – perceberam que não havia nenhum dicionário a respeito do feminismo na França. Começaram então a amadurecer a ideia e a organizar o projeto. O passo seguinte foi encontrar pesquisadores capazes de desenvolver com consistência e propriedade os diferentes verbetes – e assim concluíram o livro.

Questões universais
Com o convite para a brasileira permanecer um ano aqui no país, as autoras decidiram produzir uma versão do dicionário em português, para atender às necessidades específicas do público brasileiro que, até então, também não contava com iniciativa semelhante. “Não foi possível abrasileirar todos os verbetes, ou reescrevê-los à luz da experiência brasileira, por falta de tempo mesmo. Então o que fizemos foi acrescentar parágrafos e notas em algumas rubricas”, explica Helena. Apesar de ter essa peculiaridade, o dicionário não é inadequado à nossa realidade, porque trata de temas universais, ainda mais em uma sociedade globalizada, como destaca a autora. “Assédio, violência doméstica, lesbianismo, condição de trabalho e todos os outros assuntos tratados lidam com situações e dilemas que cabem na realidade de todos os países”. Além disso, as organizadoras tiveram o cuidado de citar as obras em português publicadas pelos autores dos verbetes e, ainda, aproveitaram para convidar uma socióloga brasileira para escrever a respeito de religião e gênero. “Maria José Rosado, a Zeca, é professora da Pontifícia Universidade Católica, a PUC de São Paulo, e militante do direito das mulheres católicas de decidir sua vida. Ela é a maior especialista do mundo nesse tema e, mesmo antes de querermos lançar o livro aqui, a Zeca já tinha sido convidada. Não deixa de ser um olhar mais brasileiro para o feminismo”, completa Helena.

O que talvez mais chame a atenção no Dicionário crítico do feminismo não são apenas as definições e os conceitos, sempre importantes, mas a apresentação das várias linhas de pensamento e a reflexão crítica que se estabelece a respeito de cada tema. A ideia das autoras era, além de oferecer os conceitos, atualizar o leitor para as discussões travadas sobre assuntos como prostituição, diferença entre os gêneros, condição de trabalho e jornada dupla, dentre outros. De acordo com Helena, não é mesmo muito comum encontrar dicionários críticos, e a vantagem desse – ainda segundo a autora – é que a linguagem usada é acessível e fácil de ser compreendida tanto por pesquisadores do feminismo como pelo público mais amplo e não-especializado na área. “A gente pensou muito nos professores dos vários níveis. Tem lá o verbete educação e socialização, que discorre por exemplo sobre as principais correntes da educação hoje. Ou seja, quem está interessado em educar, tem um capítulo inteiro à disposição”. Ao comentar uma possível parcialidade nas escolhas feitas pelos autores de cada rubrica, a professora explica que o dicionário não procura apresentar uma receita pronta e uma reposta cabal para cada tema. A ideia é, justamente, levantar as discussões, estimular o debate e mostrar o estágio atual da questão e assim oferecer uma base sólida de reflexão crítica para o leitor. “Caso ele se identifique com uma ou outra Escola de pensamento, ou queira se aprofundar, basta procurar as obras em português dos 50 pesquisadores que escreveram os capítulos”, sugere Helena. Aliás, um dos objetivos das autoras é que o dicionário sirva de base, de ponto inicial para outros estudos mais focados e com olhares mais brasileiros a respeito da situação da mulher.

Dia da Mulher, uma data a ser comemorada
Pensando exatamente nessa situação, Helena acredita que o Dia Internacional da Mulher é sim uma data para ser comemorada. Para ela, os avanços foram muitos em relação à autonomia das mulheres, à inserção delas no mercado de trabalho, a relação com os homens. Contudo, destaca, também deve fazer parte da agenda de 8 de março refletir, discutir e propor novas posições e iniciativas para tornar a condição feminina mais igualitária, na diferença. “Ainda existem pontos bem negativos na situação da mulher. O salário continua menor que o dos homens, mesmo que eles ocupem o mesmo cargo. No mundo inteiro as mulheres têm mais escolaridade, mas continuam ganhando menos”, provoca a socióloga. Para ela, a divisão sexual não está só no trabalho, também permanece nas esferas do saber. Ainda existem poucas reitoras de universidades, mulheres pesquisadoras e professoras honoris causa. Nas instâncias de poder e decisão, elas são minoria ainda mais pronunciada: é desigual o número de executivos e executivas, chefes homens e chefes mulheres, sindicalistas homens e mulheres. Ou seja, ainda há muito para o que lutar.

E é aí que entram os movimentos feministas, segundo a autora. Parcela significativa dos avanços conquistados pelas mulheres deve-se certamente à atuação desses movimentos que, ao contrário do que se pode imaginar, não acabou com as mulheres queimando soutiens em praça pública no final da década de 1960, nem com a liberação sexual, nem com a aprovação da Lei do Divórcio no Brasil (final da década de 1970). “As organizações continuam trabalhando, talvez aqui no Brasil de maneira mais pulverizada e com focos bem diversos, mas são bastante atuantes. A lei contra a violência doméstica [Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 e aumentou o rigor das punições para agressão contra a mulher] é um bom exemplo”, afirma Helena. E para finalizar, a socióloga do CNRS sugere que o leitor comece a desvendar o dicionário pelo verbete diferença entre os sexos. Ali, além de encontrar um conceito sólido sobre o que é o feminismo, ele vai travar contato com a essência dos diferentes movimentos feministas em atuação hoje. Vai ter, portanto, uma visão bem equilibrada sobre teoria e prática dos movimentos e poderá assim refletir sobre todos os outros assuntos ligados ao feminismo – inclusive a comemoração do Dia Internacional da Mulher – a partir de uma perspectiva original e mais sustentada.

sexta-feira, 5 de março de 2010

CATEGORIA "F" PODE PARTICIPAR DAS ATRIBUIÇÕES

Atenção, professores "categoria F", você pode participar das atribuições


Algumas Diretorias de Ensino e direções de escolas estão tentando impedir que os professores "categoria F" que estão cumprindo as 12 horas de permanência na unidade participem das novas atribuições de classes e aulas que estão ocorrendo. Isto é ilegal!

A Resolução SE 98/2009, combinada com a Resolução SE 8/2010, assegura este direito.
O professor que se sentir prejudicado deve protocolar recurso junto à direção da escola. Caso persista o problema, deve procurar o departamento jurídico da APEOESP munido de cópia do recurso.

PARCELAS ANUAIS DA GRATIFICAÇÃO POR ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO

APEOESP - FAX URGENTE
INCORPORAÇÃO DA GAM EM PARCELAS ANUAIS É UMA AFRONTA!


Pela proposta do governo, salário fica congelado pelos próximos três anos.
Professores da ativa já recebem o montante da Gratificação. Impacto da incorporação no salário-base será ínfimo

Conforme já denunciado no Fax Urgente 23, o Projeto de Lei nº 08 de autoria do governador José Serra com a proposta de incorporar a Gratificação por Atividade de Magistério GAM em três parcelas (2010, 2011 e 2012) é uma afronta e desrespeito a toda a categoria.
Para se ter uma ideia, pela proposta do governo, até 2012, o salário-base do professor PEB II em jornada de 24 horas semanais, por exemplo, terá um acréscimo salarial de apenas R$ 6,47. Veja tabela abaixo.
(Tabela)
Professor de Educação Básica II - 24 horas (salário base + GG + GAM)

Hoje
R$ 909,32 (salário-base)
+R$ 48,00 (GG)
________________
R$ 957,32


+ (GAM) 15%
R$ 1.100,92

Em 01/03/2010
R$ 950,70 (salário base)
+ R$ 55,20 (GG)
__________________
R$ 1.005,90


+ (GAM) 10%
R$ 1.106,49

Em 01/03/2011
R$ 999,03 (salário base)
+ R$ 55,20 (GG)
_____________________
R$ 1.054,23


+ (GAM) 5%
R$ 1.106,94

Em 01/03/2012
R$ 1.052,19 (salário base)


+ R$ 55,20 (GG)
R$ 1.107,39 (GAM EXTINTA)

Além disso, vários professores aposentados já ganharam na Justiça, em ação movida pela APEOESP , o direito à incorporação total da GAM em seu salário; ou seja, o montante total de 15%. Portanto, o governo tenta ludibriar a categoria com uma proposta vergonhosa!

Enquanto isso, o governo gasta milhões em propagandas no rádio e na TV para apresentar mentiras à população. Quanto mais o governador cai nas pesquisas, mais dinheiro público é "torrado" em propagandas enganosas. É tal a desfaçatez do governo, que poderemos levar o assunto ao Judiciário.

Queremos reajuste salarial, já! A incorporação das gratificações faz parte de nossa pauta de reivindicações, mas é essencial para toda a categoria que o governo assegure 34,3 % para repor as perdas acumuladas de 1998. Em vez de reajustar os nossos salários, o governo insiste na política de bônus que, na sua oitava edição, não foi capaz de melhorar a educação. Neste ano, vai gastar R$ 700 milhões, o que seria suficiente para um reajuste linear de SALÁRIOS.
Todos à assembleia do dia 5 de março, 15 horas, na Praça da República
Feche a sua escola e compareça!

FOLHA SUPLEMEMTAR DE MARÇO/2010

DRHU comunica que poderá haver folha suplementar em março

O Departamento de Recursos Humanos (DRHU) da Secretaria da Educação publicou nesta sexta-feira, 26, no “Diário Oficial”, comunicado informando que a SEE “vem tentando junto à Secretaria da Fazenda acordar um cronograma extraordinário de digitação das aulas ainda não informadas e de uma folha suplementar para crédito do pagamento das aulas atribuídas em 2010 ainda durante o mês de março”.

A folha suplementar se faz necessária porque o pagamento dos professores no mês de fevereiro de 2010 considera a carga horária de 2009 até o dia 17/02, e a nova carga horária, de 2010, a partir do dia 18. Portanto, muitos professores devem receber no holerite referente ao mês de fevereiro a parcela correspondente ao período de 1º a 17 de fevereiro.