quarta-feira, 16 de novembro de 2011

FEIRA DAS PROFISSÕES NA ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM EUGÊNIO - GUAIANASES/SP




No dia 11/11/11, ao contrário do que muitos pensaram, o evento que ocorreu na escola Joaquim Eugênio, ou "Castelinho" como é conhecida por muitos, foi um verdadeiro sucesso! Passaram pela escola para visitar a feira, cerca de 3.000 mil pessoas da comunidade. Feira de Profissões como foi batizado o evento, foi uma sugestão que partiu de um dos membros do grupo de docentes da escola, o Professor de Filosofia, Carlos Roberto no 1º semestre desse ano, e que ganhou forma com toda a equipe de docentes atuando e incentivando os alunos de maneira belíssima!O projeto teve o apoio de todos os docentes: dos calouros aos veteranos, todos investindo em um único propósito: realizar junto aos alunos a tão esperada feira de profissões.
A feira contou com vários convidados ilustres, tais como, advogados, dentistas, médicos e até soldados que chefiam a guarda mirim do bairro.
Houve palestras, exposições dos trabalhos confeccionados pelos alunos, decoração das salas de aula de acordo com a profissão que foi escolhida pela turma, desfile de moda - realizado pela turma que trabalhou com a profissão de Modelo, distribuição de materiais de higienização bucal - distribuído pela turma que recebeu o médico dentista, enfim, quem passou pela feira teve a oportunidade inclusive de degustar algumas das delícias preparadas pela sala que falou do confeiteiro e da gastronomia. Conheceram também, como funciona o trabalho do técnico em radiologia, dos cabelereiros e dos arquitetos. Foi possível conhecer inclusive o trabalho do médico,do engenheiro civil, do técnico em informática e do enfermeiro.
Conclusão, o trabalho foi um verdadeiro sucesso!! E essa avaliação não é somente da diretora Kate, pessoa sensível e que pertence a comunidade e sabe reconhecer quando um grupo merece todos os aplausos, e nem tão pouco minha, pois, a tal avaliação poderia perpassar pela vaidade, afinal de contas, atuo como vice-diretora dessa escola e fui aluna da mesma nos anos de 1980, ou seja tenho uma afinidade muito estreita com o "Castelinho"; essa avaliação é de todos aqueles que visitaram e puderam perceber que trabalho maravilhoso e repleto de dedicação e coragem de todos aqueles que estiveram envolvidos: direto e indiretamente, não importa, participaram...presenciaram...se importaram em fazer a "coisa" acontecer!!
Esse é o Castelinho que queremos... afinal, mesmo com as rusgas que rondam os nossos dias, os desentendimentos e até mesmo os conflitos, todo o trabalho, todo o empenho, toda a empolgação e o desejo de deixar um belo registro sempre farão parte da trajetória de vida de todos que passam por ali e é assim que queremos que essa escola seja sempre lembrada!
PARABÉNS A TODOS QUE FAZEM PARTE DO "CASTELINHO"

sábado, 5 de novembro de 2011

PROFESSOR TEMPORÁRIO: O MARTÍRIO NA EDUCAÇÃO DOS NOSSOS DIAS


Os professores OFA que estavam em exercício antes de junho de 2007 pertencem a categoria F, enquanto os professores OFA que entraram em exercício pela primeira vez entre junho de 2007 e junho de 2009, pertencem a categoria L. Até aí, nenhuma novidade… Entretanto, o que fazer se o professor está cadastrado na categoria L, quando deveria estar na categoria F?

Em primeiro lugar é preciso saber qual é a sua situação cadastral. Aos professores que ainda estão em dúvida a qual categoria pertencem, e estão cadastrados, lembramos que está especificado na folha de pagamento no campo categoria da seguinte maneira:

CATEGORIA F – ADM. LEI 500/74-FCAO NAT. PERM. (estáveis após a lei 1010/07)

CATEGORIA L- ADM.LEI 500/74- R.G.P.S


Quem recebe ou já recebeu como professor eventual (categoria extinta após a lei 1093/09), terá no campo categoria: ADM. LEI 500/74 – SUBS DOC EVE

O professor que foi admitido antes da publicação da lei 1010/07 (a lei do Sisprev, que entrou em vigor em junho de 2007), mas que não estava vinculado no momento da publicação da mesma, tem sido enquadrado na categoria L, mas é possível recorrer disso, enviando um requerimento ao Dirigente Regional de Ensino, protocolado em duas vias.

Como?

Devem entrar com um requerimento solicitando explicações sobre a sua situação na secretaria da escola, ou, se não tiver vínculo atualmente, na diretoria de ensino onde lecionou da última vez.

O que escrever no requerimento?

Ilmo Sr Dirigente Regional de Ensino

Fulano de tal, portador do RG nº tal e professor de educação básica (I ou II) inscrito sob o RS tal (aquele do holerite) solicita de V. Sa. a correção de seu enquadramento funcional, a luz da legislação vigente.

Considerando o texto da Lei Complementar Nº 1010, de 01 de junho de 2007, especificamente no parágrafo segundo do artigo 2º:

Artigo 2º – São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela SPPREV:

[...]
§ 2º – Por terem sido admitidos para o exercício de função permanente, inclusive de natureza técnica, e nos termos do disposto no inciso I deste artigo, são titulares de cargos efetivos os servidores ativos e inativos que, até a data da publicação desta lei, tenham sido admitidos com fundamento nos incisos I e II do artigo 1º da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974.

E o texto da Lei Complementar Nº 1.093, de 16 de julho de 2009, em suas Disposições Transitórias:
Artigo 1º – Aos servidores ocupantes de funções de docente abrangidas pelo disposto no § 2º do artigo 2º da Lei complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, será assegurada a atribuição de carga horária equivalente a 12 (doze) horas semanais de trabalho, composta por 10 (dez) horas em atividades com alunos e 2 (duas) horas de trabalho pedagógico na escola, em atividades coletivas, observadas as seguintes condições:

Solicito a correção do meu enquadramento funcional para o que estabelece a lei nº 1093 em suas disposições transitórias, tendo em vista o fato de eu ter sido admitido(a) como professor(a) OFA na rede estadual de São Paulo em xx de xx de aaaa, antes da publicação da lei nº 1010, conforme os documentos anexos (cópias dos holerites mais antigos).

Como o próprio texto da referida lei estabelece, com a expressão “até a data da publicação desta lei”, como o servidor(a) contratado(a) pela lei nº 500 antes a referida publicação sou considerado(a) titular de cargo, sem nenhum tipo de restrição legal.

Nesses termos

Pede deferimento

Local, data

Assinatura

(Em duas vias protocoladas)

A resposta ao requerimento provavelmente será negativa e essa mesma resposta oficial e por escrito será fundamental para exigir isso na justiça.

Quem pode resolver a situação de injustiça cometida contra professores que deveriam ser estáveis na categoria F e foram cadastrados como temporários na categoria L é a justiça, por meio de ação formulada por advogado.

ENSINO A DISTÂNCIA REBAIXA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NO PAÍS

A maioria dos alunos que cursam essa modalidade de ensino é constituída por pessoas com baixo poder aquisitivo

Por Lúcia Rodrigues

Um em cada cinco estudantes universitários brasileiros está matriculado em cursos de Educação a distância (EAD) no país. A nova modalidade educacional surgiu no final da década de 1990, mas foi nos anos 2000 que esse formato de curso ganhou projeção.

O número de vagas oferecidas por empresas educacionais aumentou exponencialmente nesse período. Em 2000 eram 5.287 alunos matriculados em graduações a distância, em 2009 o total de universitários inscritos saltou para 838.125.

O último dado oficial sobre o número de alunos matriculados nesse tipo de formato é o do Censo da Educação Superior de 2009. Mas a rapidez com que os cursos de educação a distância se dinamizaram no país leva a crer que, hoje, a cifra já ultrapassou a casa de um milhão de estudantes matriculados em graduações oferecidas nessa modalidade.

Aparentemente democrática por ampliar o acesso à educação superior para um maior número de estudantes, a medida embute, na verdade, um forte componente ideológico. Cria no estudante a ilusão de que a qualificação garantirá o exercício pleno da profissão escolhida.

Mascara a ausência de políticas efetivas dos governos federal e estaduais para suprir em quantidade satisfatória a falta de vagas presenciais em instituições públicas do país. Escamoteia o problema central e desencadeia outro seríssimo ao facilitar o rebaixamento na qualidade do ensino dos cursos oferecidos a distância.

Na verdade, o ensino a distância foi o formato encontrado pelos governantes para diplomar pobres em massa e responder as metas educacionais impostas por organismos internacionais como o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio, a OMC.

Por isso, a garantia da qualidade dos cursos de graduação a distância não é a preocupação central desses dirigentes. Ao invés de investirem pesadamente na expansão de vagas em instituições públicas presenciais, enaltecem o “caráter democrático” desse modelo educacional que permite a um número expressivo de estudantes cursarem uma faculdade privada a distância.

“Conseguiram grudar a ideia de que o ensino a distância equivale à democratização do acesso. Além disso, rotulam quem questiona esse tipo de curso, como retrógrado”, ressalta César Augusto Minto, vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo, a Adusp, e professor da Faculdade de Educação da USP, ao se referir à postura dos dirigentes governamentais e dos donos das empresas educacionais que disponibilizam graduações a distância. Segundo o docente, é difícil se contrapor a essa façanha ideológica que vendeu a ideia de que a democratização do ensino passa pela educação a distância.

Esses cursos foram introduzidos no país pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Mas a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve a iniciativa e a ampliou. Em 2002, eram 40.714 matrículas; em 2006, o número havia pulado para 207.206, dois anos depois, em 2008, o total de estudantes matriculados chegou a 727.961. Embora se saiba que a administração da presidente Dilma Rousseff deu continuidade a essa medida, os números oficiais a respeito ainda não foram publicizados.

Péssima qualidade

O Censo da Educação Superior de 2009 aponta que, naquele ano, o Ministério da Educação reconhecia 844 cursos de graduação a distância no país distribuídos em 5.904 polos de apoio presencial. Duzentas e vinte e duas instituições estavam credenciadas junto ao MEC para oferecer cursos de Educação a distância. A maioria esmagadora dessas instituições é privada e está concentrada nas regiões sul e sudeste.

Os críticos do modelo consideram esse formato uma mina de ouro para os donos das faculdades, que conseguem aumentar ainda mais seus lucros. “Esses cursos têm forte teor mercadológico. Por isso, não se preocupam com a qualidade do ensino. As empresas tinham esgotado a capacidade de ampliar seus lucros e resolveram apostar nesse filão”, explica o dirigente da Adusp.

Esse tipo de curso permite o barateamento das mensalidades, porque consegue ampliar exponencialmente o número de alunos matriculados por turma, além de reduzir o total de professores. Os donos das faculdades também economizam com gastos de energia elétrica, água e funcionários, porque não há um campus para os estudantes frequentarem.

O curso é praticamente todo online. E o aprendizado é mediado basicamente pelo computador. Não há um espaço físico onde o estudante possa ir estudar, diariamente. A parte presencial do curso exigida pelo Ministério da Educação também ocorre de forma precária. Em algumas oportunidades definidas, o aluno se dirige a um local, chamado de polo, que a instituição disponibiliza para esses momentos presenciais. “Essa é uma forma capciosa, encontrada para dizer que o aluno tem aulas presenciais”, frisa o professor César.

Na atividade, o estudante continuará a não ter o contato direto com um professor. O docente leciona simultaneamente para milhares de estudantes espalhados em vários polos da instituição distribuídos pelo país, por meio de uma televisão ou de um telão instalados em uma sala. A Unip (Universidade Paulista), uma das maiores empresas privadas da área, tem mais de 100 polos no país, só na capital paulista são 20 locais.

O aluno não interage com o professor, só ouve as informações que são disseminadas na tela. Quem o acompanha presencialmente é um tutor que, na maioria dos casos, é aluno de pós-graduação, sem formação específica na área disciplinar que está sendo abordada na tela. As tutorias polivalentes respondem por várias matérias.

Os estudantes dos cursos a distância não têm como verbalizar suas dúvidas ao professor, nem mesmo intervir durante a explanação do docente. É o tutor quem faz a intermediação por meio da triagem de perguntas encaminhadas por escrito para o e-mail do professor que se encontra do outro lado da tela. Há casos em que apenas uma pergunta por polo é encaminhada ao docente. Não há tempo hábil para atender à demanda de questionamentos na hora. “O processo pedagógico é todo truncado. Uma pessoa fala em uma videoconferência, outra acompanha os alunos e outra fica responsável pelos trabalhos. Não há nenhuma articulação entre os vários segmentos. É uma situação de precariedade total, que só se justifica pela falta de preocupação com a qualidade do ensino”, enfatiza o dirigente da Adusp.
REVISTA CAROS AMIGOS